António Feijó


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  • Advogado, poeta e diplomata. Segundo o DGLAB: " Poeta de rara sensibilidade, culto, lúcido, espirituoso, com grande sentido rítmico, deixou uma vasta obra, marcada pelo romantismo, pelo parnasianismo, de que foi primeira figura, e finalmente pelo simbolismo saudosista. São do domínio comum sonetos seus de impecável acabamento, como o célebre «Pálida e loira». Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, cônsul em Pernambuco, cônsul no Rio Grande do Sul, encarregado de negócios e depois ministro plenipotenciário na Suécia, Noruega e Dinamarca, a sua existência cosmopolita projecta-se numa irónica e civilizada visão do mundo, sempre fiel, no entanto, às raízes lusitanas, e com um pendor para a evocação enternecida, levemente mórbida, do Outono e da pátria longínqua. Sofreu influências nítidas de Théodore de Banville, de Leopardi, de Victor Hugo e de Baudelaire. Soube, aliás, reformular com talento as aquisições estéticas que foi acumulando ao longo do seu peregrinar pela Europa e pelos trópicos. O seu Cancioneiro Chinês, inspirado em La Poésie des Tangs, de Rémusat, e no Livro de Jade, traduzido por Judith Gauthier, insere-se na voga finissecular do orientalismo. O melhor de António Feijó, cuja obsessão da morte, e particularmente da morte física, ficou gravada em vários poemas inspirados ora pela gelidez hierática do cadáver de uma tricana de Coimbra (a «Pálida e loira»), ora pela esposa amada que o poeta perdeu no apogeu da vida, acha-se talvez nas Bailatas e Novas Bailatas, estas últimas publicadas postumamente."

    in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa, 1990 

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